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domingo, 3 de abril de 2011

Texto maldito


Eu sei, tá virando rotina agora esses meus discursos metalinguísticos. Isso porque quando me arrependo de ter dito certas coisas, eu abaixo a cabeça e venho me retratar. Sei lá, às vezes, a gente pensa em certas ideologias que serviram no passado e as toma como verdade, sem perceber que elas já não cabem mais aqui e agora.

Um exemplo disso foi o estardalhaço que fiz em defesa do meu próprio texto "Ela tem pressa". Ahan, esse texto de novo. Confesso: aquilo tudo não passou de puro proselitismo confuso. Me arrependo? Não. Mas quem me conhece sabe que eu não sou tão liberal assim. Aliás, de liberal não tenho nada. Eu sou mesmo é uma conservadora bem antipática. Quase uma capricorniana de tão chata, que nesse caso, não se arrependeu de ter dito. Apenas se enganou.

Espera. Dessa vez quero fazer tudo certo e não vou me esconder atrás da terceira pessoa. Hoje sou eu mesma, Lorranny, tête-à-tête com você, dizendo que nos argumentos que usei para defender “Ela tem pressa”, EU me enganei. Me enganei porque eu nunca tive a naturalidade de dizer aquelas “indecências” aos quatro ventos. Sou livre e segura apenas com John. Ou melhor, me tornei assim com John, pois só ele consegue driblar o puritanismo das minhas palavras. Sem ele, eu não deixo de ser uma velha careta de 19 anos.

Mas o que tem isso a ver com discursos metalingüísticos? Pois bem, chegamos ao âmago da discussão. É que o protagonista da história novamente é um dos meus textos. Um em especial, o destruidor de lares, o texto maldito: Aceitar é preciso. Acho que vocês nem chegaram a lê-lo, mas esse sim já me trouxe problemas. Talvez não o texto propriamente dito, mas aquelas minhas ideologias antigas já citadas que não caberiam no contexto atual da minha própria história.

Então, Priscilla, Gui, sei lá, o moço do blog É comigo? que eu ainda não sei o nome também serve. ALGUÉM, pelo amor de Deus, me ajuda. De que valem palavras bonitas e reconhecimento, quando eu não consigo me fazer entender? Ô gente, por favor, explica pra John que aquela era só minha filosofia barata a respeito de como se deve agir diante do fim dos FALSOS amores e não dos que têm tudo pra atravessarem a eternidade, como eu pensava ou ainda penso ser o nosso, até porque, abusando da redundância, estes não têm fim. 


Acredito sim em amores além-da-vida e concordo que destes não podemos desistir. Só não acho digno se ajoelhar por um amor sem procedência e, na pior das hipóteses, um amor sem amor. Só isso. Será que é tão difícil entender? Poxa, eu só quis responder de forma racional e imparcial a um questionamento que me fizeram. Não era minha intenção implantar dúvidas na cabeça de um moço que parecia estar apaixonado. Anda Priscilla, explica pra ele.

Agora pode ser que ele já não se importe, não faça questão de me ouvir ou talvez nem mesmo me leia. Aliás, já me disse com todas as letras que nunca tirou os pés do chão. O  que sem trocadilhos, poesia ou graça nenhuma, acabou me fazendo perder o meu.

Mesmo assim, John, mesmo sabendo que pode de nada adiantar, pra provar que abandono meu orgulho a nosso favor, difamo minha suposta desenvoltura com as palavras, ajoelho-me, digo e repito: ao contrário de todos os outros que te dediquei e não foram poucos, este foi apenas um texto mal dito.



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Ps.: E sabe de uma coisa? Pode começar a rir da minha cara. Essa não é a única coisa da qual me arrependo. Cresci com a cisma de que sou forte e séria até demais . Com a obrigação de me manter objetiva e retilínea sempre que me sinto vulnerável, do jeitinho que fazem os homens. Sabe... admiro os homens. Pelo menos a maioria de vocês que é pragmática, visa à solução dos problemas e só. Não sofre com zilhões de hormônios discutindo que rumo tomar. A testosterona decide, o homem faz. Simples assim. Dá certo pra vocês, não dá? Então, não me culpem por querer imitar-lhes.
Lembra-se daquela história de saber onde estou pisando? Pois é, não sei de onde a tirei. Você já teve o (des)prazer de provar do meu orgulho, mas mais que ninguém,  conhece minha alma sensível e apaixonada. Não é possível que dela já não se lembra.

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2 comentários:

  1. Hj escrevi para uma guria de um blog que sigo:Interessante, conheco a intimidade dos seus textos mas não sei seu nome!!!hehehehehe!!!Muito prazer Lorrany, meu nome é Anderson!!!Heheheheeh!!!Quanto à explicação pelo seu texto, sinceramente acho que não faria melhor!Textos são perigosos por serem passivos de interpretação...Já tive muitos problemas para me explicar em diversar situações, a última foi um texto que escrevi "As negra não devem ser mães" e um maluco me disse barbaridades!Não sei se ajuda mas tenho a politica da cinceridade, chamo a pessoa no canto e falo o que realmente quis dizer...Levando para esse "lado masculino pragmático" acho que é a coisa mais simples e eficaz a se fazer!;)

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  2. huahua. Prazer Anderson. Inclusive, esse foi o primeiro texto seu que li e eu me lembro do babado. hauhahuah

    Em relação ao texto Ela tem pressa, eu voltei pra reexplicar nao pq eu nao concorde com os meus próprios argumentos. Eu concordo. Ainda acho que estão certos. Mas sim, pq eu lembrei que eu mesma não costumo ser assim tão liberal. Por isso o "proselitismo confuso".

    Quanto ao outro texto, realmente essa é a melhor forma de resolver , quando aconteceu deveras algo.

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